Anteriormente em Downloader :
Josh é um adolescente normal insatisfeito com sua vida ...
Josh : Eu sei que eu sou muito diferente de um herói. E que na escola eu nem chego a ter o mínimo de popularidade. Mas sei lá, cara. Eu não quero mais essa vida. Parece que eu to vivendo numa daquelas séries adolescentes, com a líder de torcida, o atleta e o nerd.
Ben : No caso, os nerds somos nós.
Josh vai à sede da fábrica de videogames Turbostation testar o mais novo produto da empresa, o Dreamstation.
Walter (diretor da empresa) : O videogame se chama "Dreamstation" porque as imagens são tão reais quanto um sonho. Você comanda o jogo através de informações mandadas da máquina e recebidas pelos óculos. E você controla as ações através de pequenos movimentos dos dedos, que fazem ativar os botões das luvas.
Mas algo sai errado no teste...
Josh agora vê as imagens ficando embaralhadas. Alguns códigos de computador começam a aparecer à frente das imagens. Uma luz forte ofusca seus olhos. Ele começa a se debater e tentar tirar os óculos e as luvas mas não consegue. De repente ele vê o símbolo "@" vindo direto na sua direção e entrando no seu cérebro. Josh desmaia.
E Josh descobre que não é mais o mesmo...
Josh (pensando consigo mesmo) : Como eu to conseguindo entender o que esses médicos japoneses estão dizendo ? E como eu consegui ligar a TV se o controle remoto estava fora do meu alcance ?
[abertura de DOWNLOADER]
Episódio de hoje : E se eles soubessem?
Ben e Cindy batem à porta do quarto de Josh no hospital. Max, seu pai, abre a porta.
Max : Oi Ben...Cindy...Vieram ver o Josh ? Ela já acordou.
Cindy : Viemos sim, Sr. Grant. Ficamos preocupados com ele.
Ben : Até faltamos à aula, uma coisa difícil de acontecer. (rindo)
Max : Acho que vou deixar vocês a sós com ele. Vou ver se tomo um café. Desde o incidente de ontem eu não comi nada.
Cindy : Vai lá sim, Sr. G.
Max olha pra Josh apontando o dedo.
Max : E vê se descansa rapazinho. O médico ainda não te deu alta.
Max sai do quarto.
Ben : Chamando o pai do Josh de Sr. G ...Quanta intimidade ! (rindo)
Cindy : Você sabe que eu gosto de inventar apelidos pros outros. Ninguém escapa. (sorrindo)
Ben e Cindy sentam na beirada da cama do Josh.
Josh : Oi, gente. Obrigado por terem vindo me ver.
Ben : A gente ficou muito preocupado com você, cara. Eu queria até vir ontem à noite, mas disseram que você ainda não poderia receber visitas.
Cindy : O pessoal do rpg de Lost te mandou esse cartão personalizado.
Josh : Nossa, que legal !
Josh abre o envelope e tira o cartão de dentro. A capa do cartão mostrava a ilha da série Lost com a assinatura dos integrantes do rpg. Dentro do cartão havia a mensagem : "Se algum dia se sentir 'lost' (perdido), conte com a gente."
Josh : Adorei ! Faz tempo que não jogo o rpg e eles ainda lembraram de mim.
Ben : Devia ter escolhido outro personagem da série pra jogar. O Boone era legal, mas morreu logo. (rindo)
Cindy : Mas, Josh, mudando um pouco de assunto, diz pra gente o que realmente aconteceu no momento em que você testava o "Dreamstation".
Josh : Eu realmente não sei, Cindy. Tava tudo indo bem, eu estava passando de fases. De repente, eu me vi no topo da Estátua da Liberdade e aí que as coisas começaram a ficar estranhas. Vi luzes muito fortes, códigos de computador...tudo ficava meio embaralhado. Também ouvia sons em vários idiomas. Eu tentava tirar os óculos, mas não conseguia. Por fim, eu vi o símbolo "@" vindo na minha direção, juntamente com um forte raio de luz. Depois disso não me lembro de mais nada.
Ben : Você desmaiou. Achamos que algo pior tivesse acontecido. Mas você agora tá bem? Sentiu algo diferente?
Josh (pensando consigo mesmo) : Ainda não posso contar pra ninguém o que está acontecendo comigo. Nem eu mesmo sei definir. Melhor ficar quieto, mesmo sabendo que eles são meus melhores amigos. Mas o que aconteceria se eles soubessem? Nem quero pensar nisso agora.
Cindy : Josh ? Aconteceu alguma coisa ?
Josh : Não. Eu to bem. Só estou com um pouco de dor de cabeça.
Ben : Ainda bem que você tá melhor. E quando será que você vai ter alta?
Josh : O médico deve vir na parte da tarde pra me examinar novamente. Se tudo estiver bem, devo ser liberado.
Cindy : Ai, que bom !
[Fundo musical : World hold on - Bob Sinclair]
Vemos Ben e Cindy saindo do hospital e entrando num táxi. Câmera mostra vista aérea de Las Vegas.
Fundo musical pára.
Agora vemos Josh sozinho no quarto do hospital, olhando para ele mesmo. Ele olha suas mãos, mexe os dedos...Olha para a TV desligada, aponta o dedo indicador da mão esquerda para ela. A TV liga.
Josh (falando sozinho) : Não é possível ! O que aconteceu comigo?
Nesse momento o médico entra na sala com seu pai.
Max : Josh, esse é o Dr. Mckay. Ele cuidou de você ontem.
Josh aperta a mão do Dr. McKay. Quando a mão de Josh toca a mão do médico, a cena fica em câmera lenta e vemos um símbolo "@" brilhante aparecendo na mão do Josh...Agora cena volta à velocidade normal e o símbolo desaparece. Josh treme um pouco a cabeça e fecha os olhos por alguns segundos.
Dr. McKay : Está sentindo alguma coisa?
Josh : Não, estou bem. Só senti uma pontada na cabeça.
Dr. McKay : Isso é normal, pelo trauma que você teve. Mas vamos examiná-lo para ter certeza de que tudo está bem.
Câmera mostra o relógio de parede do quarto que marca 2:15. O relógio muda pra 2:30.
Dr. McKay : Bem, Josh, você não tem nada. O raio-X do crânio não revelou nenhuma alteração e estes testes que eu fiz agora com você mostraram que você pode ir para casa e retornar as suas atividades normais.
Max : Mas não houve nenhuma alteração no cérebro dele?
Dr. McKay : Aparentemente não...apesar de o cérebro ser um órgão muito complexo...
Nesse momento, Josh interrompe o médico e começa a falar.
Josh : O cérebro humano representa apenas 2% do peso do corpo, mas, apesar disso, recebe aproximadamente 20% de todo o sangue que é bombeado pelo coração. Ele é composto por cerca de 100 bilhões de células nervosas, conectadas umas às outras e responsáveis pelo controle de todas as funções mentais. Além das células nervosas, os neurônios, o cérebro contém células da glia, vasos sangüíneos e órgãos secretores e se divide em 2 metades, o hemisfério esquerdo e o hemisfério direito. O seu aspecto se assemelha ao miolo de uma noz.
Max e Dr. McKay olham espantados para Josh por alguns segundos. Josh também fica com uma cara estranha.
Josh (pensando consigo mesmo) : Por que eu falei tudo isso? Como eu sei tanto sobre esse assunto ? Tenho a sensação de poder ficar horas falando sobre o corpo humano.
Dr. McKay : Muito bem, Josh. É isso mesmo. Parece que você gosta muito desse assunto. Já fez algum trabalho sobre esse tema na escola?
Josh (meio sem graça) : Bem...eu...já vi um documentário na TV.
Max : Anda vendo muitos documentários ultimamente, filho. Precisa se distrair um pouco agora. Você é jovem. Tem que aproveitar um pouco a vida.
Dr. McKay : Seu pai tem razão, Josh. É muito bom você ser um rapaz estudioso, mas você ainda tem tempo. Nem entrou na universidade ainda. Você deve conciliar o estudo com outras atividades. Você pratica algum esporte ?
Josh : Eu gosto de futebol americano, mas nunca fui aceito no time da escola.
Dr. McKay : Pois não desista. Eu também não era bom nos esportes na minha época de escola. Eu gostava de jogar basquete, mas quase sempre ficava por último na hora de ser escolhido pelos capitães dos times. Mas nunca desisti, pois quando vestia aquele uniforme e entrava na quadra, eu me sentia uma outra pessoa, uma pessoa bem melhor do que eu era. Eu ficava a maior parte do tempo no banco de reservas, mas não importava. Eu me sentia parte daquele time. Dava uma sensação muito boa.
Josh : Obrigado, Dr. McKay. Vou seguir seu conselho e tentar entrar no time de futebol.
Max : Filho, você está de alta. Não vamos mais tomar o tempo do Dr. McKay. Ele precisa ver outros pacientes.
Max e Josh saem da sala. Dr. McKay, pega o celular no bolso esquerdo do jaleco.
Dr. McKay (falando ao celular) : Sr. Guttenberg, já tenho os resultados. O garoto apresentou uma alteração significante na sua capacidade sensorial e de memória.
Agora vemos uma sala, uma escrivaninha eu um homem de cabelos brancos sentado na cadeira. O homem está falando ao telefone e a câmera o mostra de costas meio de lado, mas num ângulo que não dá pra ver seu rosto.
Sr. Guttenberg : Muito bom, Dr. McKay. A primeira fase do "Projeto Downloader" saiu exatamente como havia previsto. Agora só precisamos ficar de olho nesse rapaz. Ele ainda será muito útil para o que queremos.
Casa de Josh . Josh chega do hospital com seu pai. Gina, sua mãe, abre a porta.
Gina : Meu filho !
Gina dá um abraço forte em Josh.
Josh : Oi, mãe .
Gina : Seu pai te falou que eu queria ter ido no hospital mas ele não deixou? Queria tanto ter ficado com você.
Josh : O pai me falou sim. E foi melhor assim. Sei o quanto a senhora odeia hospitais.
Gina : Desde que minha irmã morreu, não consigo mais entrar naquele hospital ou em qualquer outro.
Max : Eu sei o quanto você amava a Susan. Ela era sua irmã e sua melhor amiga.
Gina fica com os olhos cheios d'água.
Gina : Ah, mas vamos esquecer esses assuntos tristes. O importante é que você está bem, meu filho. Não tá sentindo nada mesmo?
Josh : Um pouco de dor de cabeça, mas o Dr. McKay disse que é normal.
Gina : Melhor você ir se deitar, meu filho.
Josh : Mas não são nem 4 da tarde, mãe. Preciso pegar a matéria que eu perdi na escola.
Gina : Não se preocupe com isso. O Ben e a Cindy vão pegar pra você.
Josh : Mas o Ben e a Cindy também faltaram hoje pra ir lá no hospital me ver.
Gina : Não seja teimoso, Joshua Grant ! A Cindy ligou aqui agora há pouco e disse que pegou a matéria com uma tal de Val alguma coisa...
Josh : Val Fofoqueira?
Gina : Isso !
Josh (pensando consigo mesmo) : Ai, meu Deus ! A Cindy foi na casa da Val Fofoqueira. Ainda bem que não contei nada pra ela. Já pensou se isso que tá acontecendo comigo caísse na boca da Val? Estaria frito.
Gina : Seu quarto já está arrumado. Pode ir lá deitar.
Josh : Tudo bem, mãe. Eu vou. Eu sei que quando a senhora me chama de Joshua é porque é sério mesmo. Mas eu não vou conseguir dormir.
Max : Tenta só descansar então.
Josh : Tudo bem, pai.
Enquanto isso, na casa do Ben. Cindy aparece pra fazer uma visita e já vai entrando no seu quarto.
Ben : Opa, que é isso ? Vai entrando assim sem bater ? Quem te deixou entrar aqui ?
Cindy : Calma, B. Sua mãe me deixou subir. Eu precisava falar um assunto sério com você e não podia ser pela net ou por telefone.
Ben : Tá bom...mas o que aconteceu?
Cindy : Você não notou nada de diferente no Josh?
Ben : Não... Como assim, "diferente"? Pra mim ele tava igual.
Cindy : Sei lá, diferente...estranho...como se estivesse escondendo algo da gente.
Ben : Pensando bem, o Josh tava meio "avoado", mas achei que fosse por causa dos sedativos.
Cindy : Josh não tomou nenhum sedativo, Ben. Por isso que eu acho que alguma coisa aconteceu e ele não quer nos contar. E como eu sei que vocês são muito unidos... Ele nunca contaria nada pra mim porque sou mulher, mas pra você que é homem...quem sabe ele conta.
Ben : Então amanhã no colégio eu vou tentar ver se consigo arrancar alguma coisa dele. Aí te conto.
Cindy : Valeu, parceiro ! Toca aqui !
Cindy bate na mão de Ben.
Ben : Desde quando virei seu parceiro?
Cindy : Disse parceiro...de investigação. Não ache que estou com segundas intenções.
Ben : Nunca pensaria isso. (rindo)
Cindy : Tá na hora de eu ir. Obrigadinha...por enquanto ! (rindo)
[fundo musical : I'm just a kid - Simple Plan]
Câmera mostra Josh tomando café e indo pro colégio. Desta vez ele vai de carro com seu pai. Max pára o carro na porta do Central Las Vegas High e se despede de Josh.
Fundo musical continua e Josh vê Ben . Ben faz um aceno chamando Josh. Neste momento, Josh vira a cabeça e vê Lauren. Seus óculos ficam embassados e ele olha pra ela fixamente, sem piscar.
Ben desiste de esperar Josh e sobe as escadas do colégio.
[fundo musical pára]
Enquanto isso...Manchester, Inglaterra. Câmera mostra um prédio onde está escrito "University of Manchester Institute of Science and Technology" (Instituto de Ciência e Tecnologia da Universidade de Manchester).
Agora vemos um escritório e duas pessoas conversando. Um homem, aparentando ter uns 25 anos e uma mulher, aparentando a mesma idade. Eles conversam.
Mulher : Então, Mick o que você queria me contar com tanta urgência? Será que, finalmente, você vai me convidar pra jantar?
Mick : Bem que eu queria, Barbara. Mas o assunto é bem mais grave.
Barbara : Muito grave?
Mick : Tem a ver com o "Projeto Downloader".
Barbara : Aquele projeto que havia sido abandonado por colocar em risco a vida das pessoas?
Mick : Esse mesmo. Tenho informações que foram realizados novos testes nos EUA há dois dias atrás. Um rapaz realizou o teste. Ele pode estar correndo um grave risco se não fizermos nada.
Barbara : Mas o que podemos fazer?
Mick : Temos que ir para os EUA e "colar" nesse rapaz, mas sem despertar suspeitas. Já pedi autorização e a Universidade nos liberou para viajarmos.
Barbara : Nós dois na América? Talvez lá aconteça o que ainda não aconteceu aqui. (rindo)
Mick : Você sabe que eu te amo, Barbara. Mas agora a prioridade é esse garoto. Ele nem imagina o que pode acontecer com ele, principalmente se as pessoas erradas se aproximarem dele. E eu já sei como podemos ajudá-lo.
De volta à entrada do colégio de Josh...
Josh continua olhando para Lauren. Ela está atravessando a rua. Ela deixa alguns livros caírem no meio da rua e começa a recolhê-los não vendo um ônibus escolar que vinha na sua direção. O motorista do ônibus parece estar distraído com os alunos e não a vê.
Josh percebe que ela vai ser atropelada e tenta avisá-la. Ele ergue o braço esquerdo pra frente.
Josh (gritando) : Cuidado !
O ônibus chega bem perto de Lauren e Josh, ainda com o braço esticado, fecha seus olhos não querendo ver a cena.
Josh é um adolescente normal insatisfeito com sua vida ...
Josh : Eu sei que eu sou muito diferente de um herói. E que na escola eu nem chego a ter o mínimo de popularidade. Mas sei lá, cara. Eu não quero mais essa vida. Parece que eu to vivendo numa daquelas séries adolescentes, com a líder de torcida, o atleta e o nerd.
Ben : No caso, os nerds somos nós.
Josh vai à sede da fábrica de videogames Turbostation testar o mais novo produto da empresa, o Dreamstation.
Walter (diretor da empresa) : O videogame se chama "Dreamstation" porque as imagens são tão reais quanto um sonho. Você comanda o jogo através de informações mandadas da máquina e recebidas pelos óculos. E você controla as ações através de pequenos movimentos dos dedos, que fazem ativar os botões das luvas.
Mas algo sai errado no teste...
Josh agora vê as imagens ficando embaralhadas. Alguns códigos de computador começam a aparecer à frente das imagens. Uma luz forte ofusca seus olhos. Ele começa a se debater e tentar tirar os óculos e as luvas mas não consegue. De repente ele vê o símbolo "@" vindo direto na sua direção e entrando no seu cérebro. Josh desmaia.
E Josh descobre que não é mais o mesmo...
Josh (pensando consigo mesmo) : Como eu to conseguindo entender o que esses médicos japoneses estão dizendo ? E como eu consegui ligar a TV se o controle remoto estava fora do meu alcance ?
[abertura de DOWNLOADER]
Episódio de hoje : E se eles soubessem?
Ben e Cindy batem à porta do quarto de Josh no hospital. Max, seu pai, abre a porta.
Max : Oi Ben...Cindy...Vieram ver o Josh ? Ela já acordou.
Cindy : Viemos sim, Sr. Grant. Ficamos preocupados com ele.
Ben : Até faltamos à aula, uma coisa difícil de acontecer. (rindo)
Max : Acho que vou deixar vocês a sós com ele. Vou ver se tomo um café. Desde o incidente de ontem eu não comi nada.
Cindy : Vai lá sim, Sr. G.
Max olha pra Josh apontando o dedo.
Max : E vê se descansa rapazinho. O médico ainda não te deu alta.
Max sai do quarto.
Ben : Chamando o pai do Josh de Sr. G ...Quanta intimidade ! (rindo)
Cindy : Você sabe que eu gosto de inventar apelidos pros outros. Ninguém escapa. (sorrindo)
Ben e Cindy sentam na beirada da cama do Josh.
Josh : Oi, gente. Obrigado por terem vindo me ver.
Ben : A gente ficou muito preocupado com você, cara. Eu queria até vir ontem à noite, mas disseram que você ainda não poderia receber visitas.
Cindy : O pessoal do rpg de Lost te mandou esse cartão personalizado.
Josh : Nossa, que legal !
Josh abre o envelope e tira o cartão de dentro. A capa do cartão mostrava a ilha da série Lost com a assinatura dos integrantes do rpg. Dentro do cartão havia a mensagem : "Se algum dia se sentir 'lost' (perdido), conte com a gente."
Josh : Adorei ! Faz tempo que não jogo o rpg e eles ainda lembraram de mim.
Ben : Devia ter escolhido outro personagem da série pra jogar. O Boone era legal, mas morreu logo. (rindo)
Cindy : Mas, Josh, mudando um pouco de assunto, diz pra gente o que realmente aconteceu no momento em que você testava o "Dreamstation".
Josh : Eu realmente não sei, Cindy. Tava tudo indo bem, eu estava passando de fases. De repente, eu me vi no topo da Estátua da Liberdade e aí que as coisas começaram a ficar estranhas. Vi luzes muito fortes, códigos de computador...tudo ficava meio embaralhado. Também ouvia sons em vários idiomas. Eu tentava tirar os óculos, mas não conseguia. Por fim, eu vi o símbolo "@" vindo na minha direção, juntamente com um forte raio de luz. Depois disso não me lembro de mais nada.
Ben : Você desmaiou. Achamos que algo pior tivesse acontecido. Mas você agora tá bem? Sentiu algo diferente?
Josh (pensando consigo mesmo) : Ainda não posso contar pra ninguém o que está acontecendo comigo. Nem eu mesmo sei definir. Melhor ficar quieto, mesmo sabendo que eles são meus melhores amigos. Mas o que aconteceria se eles soubessem? Nem quero pensar nisso agora.
Cindy : Josh ? Aconteceu alguma coisa ?
Josh : Não. Eu to bem. Só estou com um pouco de dor de cabeça.
Ben : Ainda bem que você tá melhor. E quando será que você vai ter alta?
Josh : O médico deve vir na parte da tarde pra me examinar novamente. Se tudo estiver bem, devo ser liberado.
Cindy : Ai, que bom !
[Fundo musical : World hold on - Bob Sinclair]
Vemos Ben e Cindy saindo do hospital e entrando num táxi. Câmera mostra vista aérea de Las Vegas.
Fundo musical pára.
Agora vemos Josh sozinho no quarto do hospital, olhando para ele mesmo. Ele olha suas mãos, mexe os dedos...Olha para a TV desligada, aponta o dedo indicador da mão esquerda para ela. A TV liga.
Josh (falando sozinho) : Não é possível ! O que aconteceu comigo?
Nesse momento o médico entra na sala com seu pai.
Max : Josh, esse é o Dr. Mckay. Ele cuidou de você ontem.
Josh aperta a mão do Dr. McKay. Quando a mão de Josh toca a mão do médico, a cena fica em câmera lenta e vemos um símbolo "@" brilhante aparecendo na mão do Josh...Agora cena volta à velocidade normal e o símbolo desaparece. Josh treme um pouco a cabeça e fecha os olhos por alguns segundos.
Dr. McKay : Está sentindo alguma coisa?
Josh : Não, estou bem. Só senti uma pontada na cabeça.
Dr. McKay : Isso é normal, pelo trauma que você teve. Mas vamos examiná-lo para ter certeza de que tudo está bem.
Câmera mostra o relógio de parede do quarto que marca 2:15. O relógio muda pra 2:30.
Dr. McKay : Bem, Josh, você não tem nada. O raio-X do crânio não revelou nenhuma alteração e estes testes que eu fiz agora com você mostraram que você pode ir para casa e retornar as suas atividades normais.
Max : Mas não houve nenhuma alteração no cérebro dele?
Dr. McKay : Aparentemente não...apesar de o cérebro ser um órgão muito complexo...
Nesse momento, Josh interrompe o médico e começa a falar.
Josh : O cérebro humano representa apenas 2% do peso do corpo, mas, apesar disso, recebe aproximadamente 20% de todo o sangue que é bombeado pelo coração. Ele é composto por cerca de 100 bilhões de células nervosas, conectadas umas às outras e responsáveis pelo controle de todas as funções mentais. Além das células nervosas, os neurônios, o cérebro contém células da glia, vasos sangüíneos e órgãos secretores e se divide em 2 metades, o hemisfério esquerdo e o hemisfério direito. O seu aspecto se assemelha ao miolo de uma noz.
Max e Dr. McKay olham espantados para Josh por alguns segundos. Josh também fica com uma cara estranha.
Josh (pensando consigo mesmo) : Por que eu falei tudo isso? Como eu sei tanto sobre esse assunto ? Tenho a sensação de poder ficar horas falando sobre o corpo humano.
Dr. McKay : Muito bem, Josh. É isso mesmo. Parece que você gosta muito desse assunto. Já fez algum trabalho sobre esse tema na escola?
Josh (meio sem graça) : Bem...eu...já vi um documentário na TV.
Max : Anda vendo muitos documentários ultimamente, filho. Precisa se distrair um pouco agora. Você é jovem. Tem que aproveitar um pouco a vida.
Dr. McKay : Seu pai tem razão, Josh. É muito bom você ser um rapaz estudioso, mas você ainda tem tempo. Nem entrou na universidade ainda. Você deve conciliar o estudo com outras atividades. Você pratica algum esporte ?
Josh : Eu gosto de futebol americano, mas nunca fui aceito no time da escola.
Dr. McKay : Pois não desista. Eu também não era bom nos esportes na minha época de escola. Eu gostava de jogar basquete, mas quase sempre ficava por último na hora de ser escolhido pelos capitães dos times. Mas nunca desisti, pois quando vestia aquele uniforme e entrava na quadra, eu me sentia uma outra pessoa, uma pessoa bem melhor do que eu era. Eu ficava a maior parte do tempo no banco de reservas, mas não importava. Eu me sentia parte daquele time. Dava uma sensação muito boa.
Josh : Obrigado, Dr. McKay. Vou seguir seu conselho e tentar entrar no time de futebol.
Max : Filho, você está de alta. Não vamos mais tomar o tempo do Dr. McKay. Ele precisa ver outros pacientes.
Max e Josh saem da sala. Dr. McKay, pega o celular no bolso esquerdo do jaleco.
Dr. McKay (falando ao celular) : Sr. Guttenberg, já tenho os resultados. O garoto apresentou uma alteração significante na sua capacidade sensorial e de memória.
Agora vemos uma sala, uma escrivaninha eu um homem de cabelos brancos sentado na cadeira. O homem está falando ao telefone e a câmera o mostra de costas meio de lado, mas num ângulo que não dá pra ver seu rosto.
Sr. Guttenberg : Muito bom, Dr. McKay. A primeira fase do "Projeto Downloader" saiu exatamente como havia previsto. Agora só precisamos ficar de olho nesse rapaz. Ele ainda será muito útil para o que queremos.
Casa de Josh . Josh chega do hospital com seu pai. Gina, sua mãe, abre a porta.
Gina : Meu filho !
Gina dá um abraço forte em Josh.
Josh : Oi, mãe .
Gina : Seu pai te falou que eu queria ter ido no hospital mas ele não deixou? Queria tanto ter ficado com você.
Josh : O pai me falou sim. E foi melhor assim. Sei o quanto a senhora odeia hospitais.
Gina : Desde que minha irmã morreu, não consigo mais entrar naquele hospital ou em qualquer outro.
Max : Eu sei o quanto você amava a Susan. Ela era sua irmã e sua melhor amiga.
Gina fica com os olhos cheios d'água.
Gina : Ah, mas vamos esquecer esses assuntos tristes. O importante é que você está bem, meu filho. Não tá sentindo nada mesmo?
Josh : Um pouco de dor de cabeça, mas o Dr. McKay disse que é normal.
Gina : Melhor você ir se deitar, meu filho.
Josh : Mas não são nem 4 da tarde, mãe. Preciso pegar a matéria que eu perdi na escola.
Gina : Não se preocupe com isso. O Ben e a Cindy vão pegar pra você.
Josh : Mas o Ben e a Cindy também faltaram hoje pra ir lá no hospital me ver.
Gina : Não seja teimoso, Joshua Grant ! A Cindy ligou aqui agora há pouco e disse que pegou a matéria com uma tal de Val alguma coisa...
Josh : Val Fofoqueira?
Gina : Isso !
Josh (pensando consigo mesmo) : Ai, meu Deus ! A Cindy foi na casa da Val Fofoqueira. Ainda bem que não contei nada pra ela. Já pensou se isso que tá acontecendo comigo caísse na boca da Val? Estaria frito.
Gina : Seu quarto já está arrumado. Pode ir lá deitar.
Josh : Tudo bem, mãe. Eu vou. Eu sei que quando a senhora me chama de Joshua é porque é sério mesmo. Mas eu não vou conseguir dormir.
Max : Tenta só descansar então.
Josh : Tudo bem, pai.
Enquanto isso, na casa do Ben. Cindy aparece pra fazer uma visita e já vai entrando no seu quarto.
Ben : Opa, que é isso ? Vai entrando assim sem bater ? Quem te deixou entrar aqui ?
Cindy : Calma, B. Sua mãe me deixou subir. Eu precisava falar um assunto sério com você e não podia ser pela net ou por telefone.
Ben : Tá bom...mas o que aconteceu?
Cindy : Você não notou nada de diferente no Josh?
Ben : Não... Como assim, "diferente"? Pra mim ele tava igual.
Cindy : Sei lá, diferente...estranho...como se estivesse escondendo algo da gente.
Ben : Pensando bem, o Josh tava meio "avoado", mas achei que fosse por causa dos sedativos.
Cindy : Josh não tomou nenhum sedativo, Ben. Por isso que eu acho que alguma coisa aconteceu e ele não quer nos contar. E como eu sei que vocês são muito unidos... Ele nunca contaria nada pra mim porque sou mulher, mas pra você que é homem...quem sabe ele conta.
Ben : Então amanhã no colégio eu vou tentar ver se consigo arrancar alguma coisa dele. Aí te conto.
Cindy : Valeu, parceiro ! Toca aqui !
Cindy bate na mão de Ben.
Ben : Desde quando virei seu parceiro?
Cindy : Disse parceiro...de investigação. Não ache que estou com segundas intenções.
Ben : Nunca pensaria isso. (rindo)
Cindy : Tá na hora de eu ir. Obrigadinha...por enquanto ! (rindo)
[fundo musical : I'm just a kid - Simple Plan]
Câmera mostra Josh tomando café e indo pro colégio. Desta vez ele vai de carro com seu pai. Max pára o carro na porta do Central Las Vegas High e se despede de Josh.
Fundo musical continua e Josh vê Ben . Ben faz um aceno chamando Josh. Neste momento, Josh vira a cabeça e vê Lauren. Seus óculos ficam embassados e ele olha pra ela fixamente, sem piscar.
Ben desiste de esperar Josh e sobe as escadas do colégio.
[fundo musical pára]
Enquanto isso...Manchester, Inglaterra. Câmera mostra um prédio onde está escrito "University of Manchester Institute of Science and Technology" (Instituto de Ciência e Tecnologia da Universidade de Manchester).
Agora vemos um escritório e duas pessoas conversando. Um homem, aparentando ter uns 25 anos e uma mulher, aparentando a mesma idade. Eles conversam.
Mulher : Então, Mick o que você queria me contar com tanta urgência? Será que, finalmente, você vai me convidar pra jantar?
Mick : Bem que eu queria, Barbara. Mas o assunto é bem mais grave.
Barbara : Muito grave?
Mick : Tem a ver com o "Projeto Downloader".
Barbara : Aquele projeto que havia sido abandonado por colocar em risco a vida das pessoas?
Mick : Esse mesmo. Tenho informações que foram realizados novos testes nos EUA há dois dias atrás. Um rapaz realizou o teste. Ele pode estar correndo um grave risco se não fizermos nada.
Barbara : Mas o que podemos fazer?
Mick : Temos que ir para os EUA e "colar" nesse rapaz, mas sem despertar suspeitas. Já pedi autorização e a Universidade nos liberou para viajarmos.
Barbara : Nós dois na América? Talvez lá aconteça o que ainda não aconteceu aqui. (rindo)
Mick : Você sabe que eu te amo, Barbara. Mas agora a prioridade é esse garoto. Ele nem imagina o que pode acontecer com ele, principalmente se as pessoas erradas se aproximarem dele. E eu já sei como podemos ajudá-lo.
De volta à entrada do colégio de Josh...
Josh continua olhando para Lauren. Ela está atravessando a rua. Ela deixa alguns livros caírem no meio da rua e começa a recolhê-los não vendo um ônibus escolar que vinha na sua direção. O motorista do ônibus parece estar distraído com os alunos e não a vê.
Josh percebe que ela vai ser atropelada e tenta avisá-la. Ele ergue o braço esquerdo pra frente.
Josh (gritando) : Cuidado !
O ônibus chega bem perto de Lauren e Josh, ainda com o braço esticado, fecha seus olhos não querendo ver a cena.
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